terça-feira, 19 de abril de 2011

Uma Chamada Contra o Cancro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) criou um novo número de telefone para angariação de fundos. O número 760 304 304 está disponível em permanência e o valor da chamada é de 0,60€ mais IVA.

“A criação de um número para apoiar a Liga Portuguesa Contra o Cancro permite a doação de um valor limitado que está ao alcance da maior parte da população e é uma forma permanente de angariação de fundos, com divulgação em vários canais, como a página do Facebook e o site da Liga”, esclarece Carlos de Oliveira, presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

“Obrigado por ajudar a Liga Portuguesa Contra o Cancro. A sua contribuição será destinada ao apoio social do doente oncológico” - é a mensagem de agradecimento que se pode ouvir quando se efectua a chamada.

Além deste novo número, existem ainda outras formas de ajudar financeiramente a Liga Portuguesa Contra o Cancro: através do Peditório Nacional (Outubro/Novembro), destinando sem qualquer encargo para o próprio 0,5% do IRS à LPCC, ou num multibanco através da opção “Ser Solidário”, por transferência bancária,  em qualquer Núcleo Regional da LPCC ou tornando-se sócio da Liga.

Informação de: Liga Portuguesa Contra o Cancro

Seja solidário e ajude nesta causa!!

Boa Páscoa!!

Linfoma Hodgkin


Na doença de Hodgkin, as células do sistema linfático tornam-se anómalas e começam a dividir-se e a crescer a um ritmo demasiado rápido e de forma descontrolada e desordenada. Devido às suas características, o linfoma de Hodgkin é considerado uma neoplasia.
Dado que o tecido linfático está presente em diversas regiões do organismo, a doença de Hodgkin pode ter origem em praticamente qualquer parte. Esta doença pode ocorrer num único nódulo linfático, num grupo de nódulos linfáticos ou ainda noutras partes do sistema linfático, como a medula óssea ou o baço. Este tipo de cancro quando se dissemina, fá-lo de forma relativamente ordenada: de um grupo de nódulos linfáticos para outro. Por exemplo, se a doença de Hodgkin surgir em nódulos linfáticos do pescoço alastra primeiro para os nódulos situados acima das clavículas e só depois para os nódulos linfáticos debaixo dos braços e no tórax. Por fim, pode disseminar-se para qualquer outra parte do organismo.

Sintomas
Os sintomas típicos da doença de Hodgkin são os seguintes:
  • Inchaço indolor nos nódulos linfáticos do pescoço, axila ou virilha
  • Febre recorrente inexplicável
  • Suores nocturnos
  • Perda de peso inexplicável
  • Comichão
 Tratamento
O médico elabora um plano de tratamento adaptado a cada doente. O tratamento da doença de Hodgkin depende do estádio em que se encontra a doença, da dimensão dos nódulos linfáticos dilatados, dos sintomas manifestados, da idade e do estado geral do doente, assim como de outros factores (o tratamento de crianças com doença de Hodgkin não é abordado nesta área).
A doença de Hodgkin é tratada por uma equipa de especialistas, que envolve um médico hematologista ou oncologista, um enfermeiro e/ou um radioterapêuta. A doença de Hodgkin pode ser tratada com:
  • Quimioterapia
  • Radioterapia
  • Transplantação
Em geral, a doença de Hodgkin é tratada com quimioterapia ou radioterapia, ou ainda, uma combinação de tratamentos.
A participação em ensaios clínicos (estudos de investigação) para avaliar novas e promissoras formas de tratar a doença de Hodgkin é uma opção importante para muitas pessoas que sofrem desta doença.
As pessoas com doença de Hodgkin devem ser seguidas e realizar exames com regularidade depois do tratamento e durante toda a sua vida. Os cuidados de seguimento são uma parte importante do processo global de tratamento e as pessoas que tiveram cancro não devem hesitar em discutir esse assunto com o seu médico.
Com o tipo de tratamentos da doença de Hodgkin (radioterapia e quimioterapia) após vários anos de evolução, os doentes têm maior probabilidade de vir a sofrer de leucemia, linfoma não Hodgkin e cancros do cólon, pulmões, ossos, tiróide e mama. Os cuidados de seguimento regulares garantem que os doentes são cuidadosamente vigiados, que quaisquer alterações do estado de saúde são discutidas e que um novo cancro, ou um cancro recorrente, pode ser detectado e tratado o mais precocemente possível. As pessoas que tiveram doença de Hodgkin devem comunicar imediatamente quaisquer problemas de saúde que surjam no período entre as consultas de seguimento.

Adaptado de: www.roche.pt
Cristiana Sousa

Máquina caseira contra cancro parece promissora

John Kanzius não tinha uma formação em medicina ou ciência, e nem foi à universidade. Mesmo assim, quando teve que encarar uma forma letal de leucemia, ele criou uma máquina caseira para o que ele acreditava ser uma cura para câncer.
Utilizando as formas de torta de sua esposa e equipamentos de emissão de ondas de rádio, o seu objeto de trabalho, Kanzius construiu uma máquina na sua garagem. A sua esperança era que sua criação pudesse acabar com as células cancerosas sem os terríveis efeitos colaterais da quimioterapia e da radioterapia convencional.
Foi então que ele resolveu experimentar sozinho a maquina que havia construído. Em agosto de 2008, Kanzius já havia utilizado o seu tratamento alternativo nove vezes, e seus exames tinham melhorado durante aquele período. “Estou de férias do câncer agora. Não sei se será uma saída permanente, mas agora estou livre”·




A máquina de Kanzius
O seu tipo de câncer, extremamente difícil de tratar, foi o que deu ânimo para que Kanzius criasse a sua máquina. A sua ideia era que as ondas de rádio, transmitidas através de um pequeno campo magnético, criassem energia suficiente para acender uma lâmpada fluorescente, por exemplo. Essas ondas de rádio, que ele insistia que eram inofensivas, têm a capacidade de aquecer metal.
Foi então que ele pensou que, se injetasse algum tipo de metal nas suas células cancerosas, ele poderia esquentar e matar essas células com as ondas de rádio. A primeira experiência de Kanzius foi com uma salsicha de cachorro-quente. A “cobaia” recebeu uma injeção de metais e depois uma sessão na máquina de Kanzius. Quando a máquina foi usada, a temperatura aumentou apenas no local onde o metal tinha sido injetado.
A criação intrigou Steven Curley, cirurgião especializado em câncer de fígado do Instituto de Câncer em Houston, nos Estados Unidos. Curley achou que a ideia de Kanzius tinha tanto potencial que começou a utilizá-la para fazer pesquisas próprias, utilizando nanopartículas de ouro que eram atraídas pelas células cancerosas.
Kanzius, entretanto, não queria ter que esperar por todas as aprovações formais e testes clínicos com sua máquina, que poderiam demorar anos. Assim, ele começou a testar a máquina sozinho, sem contar ao médico. Neste caso, ele fazia os experimentos sem injetar nenhum tipo de metal em seu corpo. Kanzius tinha uma teoria – não comprovada – que as células de leucemia atraem as ondas de rádio naturalmente.
Para verificar se a sua sensação de melhora era verdadeira, ele realizava testes sanguíneos após as sessões na sua máquina. O patologista Peter Depowski comparou os resultados dos exames de Kanzius de antes e depois de usar a máquina. Ele afirma que, na comparação, os exames se aproximam cada vez mais daqueles de uma pessoa saudável.
Mas isso significa que a máquina funcionou? Depowski afirma que não: apesar da euforia do paciente, os nódulos linfáticos do seu estômago estavam cheios de células cancerosas. Além disso, Curley afirma que a melhoria do paciente poderia estar relacionada ao fato que ele tinha parado de fazer sessões de quimioterapia há
alguns meses, o tempo que o corpo leva para se recuperar e voltar a um estado normal e saudável.
O médico acredita que o tratamento caseiro feito por Kanzius, sem a injeção de metal nas células da leucemia, não teve o efeito esperado pelo paciente.
Quando voltou a fazer quimioterapia para tratar as células cancerosas no seu estômago, Kanzius resolveu utilizar a sua máquina junto com o tratamento convencional. Uma semana depois, John foi internado com 40° de febre, e seu corpo começou a parar de funcionar.
Quando teve uma melhora significativa, ele foi encaminhado para fazer uma tomografia, que mostrou que as células do seu estômago continuavam praticamente iguais, independentemente do ataque duplo contra a doença. Algumas semanas depois, exames mostraram que a medula óssea de Kanzius estava tomada por células cancerosas, e ele morreu alguns meses depois.
Desde a morte de seu marido, Marianne Kanzius continua a levar para a frente o seu projeto, tentando arrecadar dinheiro para realizar a pesquisa.







Adaptado de: www.hypescience.com